da Ag. Brasil
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral foi transferido na noite de hoje
(17) para o Complexo Prisional de Gericinó, após passar por exame no
Instituto-Médico Legal (IML).
Cabral foi preso por volta das 6h pela Polícia Federal como parte da
Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato. O ex-governador
ficou cerca de 11 horas na sede regional da Polícia Federal no Rio.
Cabral deverá ficar na unidade de Bangu 8, em Gericinó, reservada para presos com nível superior.
Fogos e espumante
Na porta do complexo, cerca de 30 pessoas aguardavam a chegada do
comboio. Ao avistarem os carros da PF, o grupo soltou fogos e estourou
um espumante.
Operação Calicute
O ex-governador teria recebido propina de construtoras em seus dois
mandatos, entre 2007 e 2014, afirmarama Polícia Federal, a Receita
Federal e o Ministério Público Federal. Segundo as investigações, o
ex-governador chefiava um esquema de corrupção que cobrou propina de
construtoras, lavou dinheiro e fraudou licitações em grandes obras no
estado realizadas com recursos federais.
De acordo com Ministério Público Federal, Sérgio Cabral chegou a
receber R$ 350 mil de “mesada” da Andrade Gutierrez e R$ 200 mil da
Carioca Engenharia que, no segundo mandato, aumentou o pagamento para R$
500 mil.
As investigações começaram em julho, a partir de informações colhidas
em acordos de delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez e da
Carioca Engenharia. A PF e o MPF se concentraram na apuração de
irregularidades em três obras, cada uma orçada em mais de R$ 1 bilhão: a
reforma do Maracanã para a Copa de 2014, o Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC) Favelas e o Arco Metropolitano. A força-tarefa da Lava
Jato em Curitiba, por sua vez, investigou a contratação da Andrade
Gutierrez para a obra de terraplanagem do Complexo Petroquímico do
Estado do Rio de Janeiro (Comperj).
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