Agência Brasil
O brasileiro está mais otimista em relação à economia. De acordo com
pesquisa do Instituto Datafolha, a população demonstra mais confiança na
queda da inflação, na manutenção do emprego e no aumento do poder de
compra. Esse otimismo é o maior registrado desde dezembro de 2014. A
pesquisa revela também que, em caso de candidatura do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva à presidência nas eleições de 2018, o petista
seria o favorito, no primeiro turno, com 22%.
A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 deste mês. Em comparação
com fevereiro de 2016, houve uma melhora em cinco dos sete indicadores
do chamado Índice Datafolha de Confiança (IDC). Esse índice chegou a 98
pontos na última pesquisa, 11 a mais do que o registrado em fevereiro.
No final de 2014, o IDC foi de 121 pontos.
A economia do Brasil no governo Temer é vista positivamente, em
comparação com a percepção relativa fevereiro, quando a presidenta Dilma
Rousseff ainda não havia sido afastada. Houve aumento de 34 pontos na
expectativa de avanço da situação econômica do país. Se, no segundo mês
do ano, esse item obteve 78 pontos, agora chegou a 112 pontos.
Preferência por Temer
A tendência favorável à gestão do presidente interino Temer tem
reflexos na preferência deste em detrimento da presidenta afastada.
Segundo o Datafolha, 50% dos entrevistados preferem que Temer continue
na Presidência da República até 2018. A volta de Dilma ao Palácio do
Planalto foi a opção de 32% dos entrevistados. Os 18% restantes não
escolheram nenhum dos dois, disseram não saber ou que preferiam novas
eleições.
O Datafolha ouviu 2.792 eleitores em 171 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Eleições 2018
O instituto de pesquisa também questionou a população sobre as
eleições presidenciais de 2018, em um cenário tendo o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva como candidato. No primeiro turno, Lula teria um
bom desempenho, mas perderia o segundo em qualquer dos cenários
apresentados.
Em uma das situações o primeiro turno envolveria Lula, Marina Silva
(Rede) e Aécio Neves (PSDB). Neste caso, o petista lidera, com 22%,
Marina fica em segundo, com 17%, e Aécio tem 14%. Com Geraldo Alckmin
(PSDB) no lugar de Aécio, Lula teria 23% de votos, o mesmo número de
votos que obteria, se José Serra fosse seu adversário pelo PSDB.
No segundo turno, contra apenas um candidato, Lula perderia para
Aécio e Alckmin e o percentual seria o mesmo: 38% contra 36%. Em um
eventual segundo turno com José Serra, o atual ministro das Relações
Exteriores teria 40% de votos e Lula, 35%. A maior derrota de Lula, no
entanto, seria paras Marina: ela teria 44% e ele, 32%.
Marina também venceria no segundo turno Aécio (46% contra 28%), Alckmin (47% contra 27%) e Serra (46% contra 30%).
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