Por Denise Mello
Além da luta contra o câncer descoberto há pouco mais de um ano, a
adolescente Kethleen Cavalli Ferreira, de 17 anos, enfrenta mais uma
batalha. Paciente do Hospital de Clínicas (HC), em Curitiba, a jovem,
que teve a perna amputada em março devido a um tumor ósseo, precisa com
urgência de um exame de ressonância magnética. O problema é que o
aparelho está quebrado e a única saída que a família de Kethleen
encontrou foi pagar o exame em uma clínica particular usando o dinheiro
arrecadado pela escola em que estuda para a compra de uma prótese.
A mãe da jovem, Cacilda Cavalli, explica a decisão que teve que
tomar. “Minha filha está lutando pela vida e não podemos perder tempo. A
máquina de ressonância está quebrada no HC e não tive saída. O médico
disse que surgiu uma lesão na coluna vertebral agora, entre a quarta e
quinta vértebra, por isso, é preciso investigar se está ocorrendo uma
metástase, que é quando o sarcoma se espalha por outros órgãos do corpo.
Estamos desesperados”, diz a mãe da jovem.
O exame particular está marcado para a próxima quinta-feira (27), às
13 horas, e vai custar R$ 1.750,00. Dinheiro arrecadado para outro fim
entre os amigos da escola em que Kethleen estuda, na cidade de Campo
Largo, Região Metropolitana de Curitiba. “Minha filha teve que sofrer
uma amputação na perna direita por causa da doença. Isso foi em março.
Agora em junho, a escola fez uma campanha por uma uma prótese pra ela
poder andar. Só que agora tive que tirar dessa arrecadação o dinheiro
para fazer este exame urgente. É triste porque não é possível entender
como um hospital como HC não tem uma máquina de ressonância”, diz ela.
A mãe conta que a direção do HC teria dito que ela poderia tentar o
exame no Hospital Erasto Gaertner, também em Curitiba, mas, para isso, a
menina teria que novamente ser internada no Hospital de Clínicas e
aguardar uma vaga para o exame no outro hospital. ” Não temos como
esperar vaga para o exame no Erasto ou em outro lugar. Tudo pelo SUS é
demorado, a gente sabe disso. Minha filha está muito abalada, com dor,
não dá pra ficar esperando. É a vida dela que está em jogo”, desabafa a
mãe.
A doença
Kethleen era uma garota saudável, aluna do 2 º ano do Ensino Médio, quando começou a sentir dores no joelho. Segundo a mãe, no começo, todos imaginaram que seria uma torsão simples, mas as dores só aumentavam. “Fomos investigar e aí descobrimos o sarcoma nos ossos. A evolução foi muito rápida. Kethleen começou a fazer quimioterapia e o quadro se complicou no início do ano. Ela passou por três cirurgias para tentar salvar a perna, mas não foi possível. Os médicos tiveram que fazer a amputação”, conta a mãe.Cacilda fala que o sonho da filha é voltar a ter uma vida normal, voltar a ter os cabelos compridos como tinha, voltar a andar. “Estamos lutando muito e minha filha vai vencer essa doença. Temos fé”.
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