Redação com Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (23) a Operação
Panatenaico para investigar organização que fraudou e desviou recursos
das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha para a Copa do
Mundo de 2014. A polícia tem mandados de prisão temporária contra o
assessor especial da Presidência da República, Tadeu Filippelli, e os
exgovernadores do Distrito Federal José Roberto Arruda (PR) e Agnelo
Queiroz (PT). Os mandados foram expedidos por decisão do juiz Vallisney
de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. Filippelli foi
vice-governador na gestão de Agnelo e é presidente do diretório do PMDB
no DF.
De acordo com a PF, a obra, orçada em cerca de R$ 600 milhões, custou
mais de R$ 1,5 bilhão. “O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a
quase R$ 900 milhões”. Cerca de 80 policias federais cumprem 15
mandados de busca de apreensão, dez de prisão temporária, além de três
conduções coercitivas, quando a pessoa é levada para depor e depois
liberada. As medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da
Justiça Federal no Distrito Federal (DF). Todas as ações ocorrem em
Brasília e em outras cidades do DF.
“Entre os alvos das ações de hoje estão agentes públicos e ex-agentes
públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três
gestões do governo do DF. A hipótese investigada pela Polícia Federal é
de que agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas,
tenham realizado conluios e assim simulado procedimentos previstos em
edital de licitação”, diz nota da PF.
O nome da operação é uma referência ao Stadium Panatenaico, sede dos
Jogos Panatenaicos, competições realizadas na Grécia antiga, anteriores
aos Jogos olímpicos. A arena, utilizada para a prática de esportes pelos
helênicos, é considerada uma das mais antigas do mundo.
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