No
Pesque& Pague do Otássio, em Nova Fátima, a produção de rãs começa a
chamar a atenção dos clientes e outros produtores da região. O
proprietário, Otássio Rodrigues de Lima, conta à reportagem da FOLHA que
quando era criança adorava caçar rãs e sempre teve vontade de criá-las.
Em 2013, adquiriu o pesque pague e no ano passado resolveu realizar seu
sonho de infância. Sem nenhum técnico ou agrônomo na região para
auxiliá-lo, buscou conhecimento na internet sobre a espécie touro, foi
até São Paulo e comprou dois casais por R$ 300 para iniciar na
atividade. Agora, com a primeira produção no local, começa a estudar uma
forma de comercializar os animais nos mais diferentes estágios.
No Facebook e na internet, o Ranário Nova Fátima é procurado por muitas pessoas interessadas na atividade. Otássio comercializa o milheiro de girinos da rã touro por R$ 650. Já o milheiro de rãs jovens é vendido por R$ 850. O casal de animais adultos sai por R$ 150 e o quilo da carne, R$ 60. "Gastei R$ 12 mil para montar a estrutura. Em cada estágio de desenvolvimento, elas precisam estar separadas. As rãs adultas se tornam canibais e acabei percebendo isso quando adquiri os dois primeiros casais", relembra Otássio.
Hoje, com um espaço modesto mas bem estruturado, o ranicultor cuida de todos os estágios: desde a bandeja que coloca os ovos com os espermatozoides, evolução do girino, pequenos animais até a fase adulta, tudo isso em oito meses. "Quando se tornam girinos, transferimos para uma caixa onde ficam por três a quatro meses debaixo da água respirando por glândulas. Depois, passam a respirar por pulmões então é preciso sair de lá para não morrerem afogadas. Por cinco dias, ela fica numa fase chamada imago, na qual acaba se alimentando da própria calda. Por fim, se tornam pequenas rãs e precisam sempre estar em contato com a água, mantendo a umidade".
Como cada rã fêmea tem um potencial de desovar entre 20 e 25 mil ovos, logo é necessário um espaço grande para realizar todo esse processo. Por isso, já com cerca de 300 animais adultos, Otássio vai esvaziar um dos seus tanques para piscicultura, cercá-los conforme as normas e colocar um milhão de girinos que chegarão agora no verão. Lá eles permanecerão até deixarem a água e, então, serão transferidos a outro local. "O que a rã precisa é de uma água limpa, de qualidade, sem cloro, que no meu caso vem da mina. Aliás, já era para eu ter mais animais, mas como aconteceu uma chuva forte aqui na região, a água ficou suja e perdi muitos girinos".
Otássio está tão animado que pretende expandir o negócio, com a construção de dois barracões para lidar com os diferentes estágios da produção com mais eficiência. O investimento, segundo ele, ficará na faixa de R$ 40 mil. "Para mil girinos são necessários mil litros de água e por isso o tanque foi a melhor alternativa. Agora, nos outros estágios, elas podem ficar mais concentradas".
No momento, Otássio não pretende trabalhar com o abate de rãs, mas vai auxiliar novos produtores e vender animais aos que vislumbram ingressar na atividade, inclusive ensinando todo o processo. "No futuro, quem sabe, posso iniciar o trabalho de abate com um volume maior. Em 2017, terei muita rã devido à desova e começarei a investir com mais tranquilidade. É uma atividade que dá muito dinheiro, com uma margem de lucro muito boa. A carne é saborosa, dez vezes melhor que a de frango", considera.
Quem quiser mais informações sobre a comercialização ou atividade, ligue para o Otássio nos telefones (43) 3552-2243, 99901-1564 ou pelo site www.ranarionovafatima.com.br
FONTE - FOLHA DE LONDRINA
No Facebook e na internet, o Ranário Nova Fátima é procurado por muitas pessoas interessadas na atividade. Otássio comercializa o milheiro de girinos da rã touro por R$ 650. Já o milheiro de rãs jovens é vendido por R$ 850. O casal de animais adultos sai por R$ 150 e o quilo da carne, R$ 60. "Gastei R$ 12 mil para montar a estrutura. Em cada estágio de desenvolvimento, elas precisam estar separadas. As rãs adultas se tornam canibais e acabei percebendo isso quando adquiri os dois primeiros casais", relembra Otássio.
Hoje, com um espaço modesto mas bem estruturado, o ranicultor cuida de todos os estágios: desde a bandeja que coloca os ovos com os espermatozoides, evolução do girino, pequenos animais até a fase adulta, tudo isso em oito meses. "Quando se tornam girinos, transferimos para uma caixa onde ficam por três a quatro meses debaixo da água respirando por glândulas. Depois, passam a respirar por pulmões então é preciso sair de lá para não morrerem afogadas. Por cinco dias, ela fica numa fase chamada imago, na qual acaba se alimentando da própria calda. Por fim, se tornam pequenas rãs e precisam sempre estar em contato com a água, mantendo a umidade".
Como cada rã fêmea tem um potencial de desovar entre 20 e 25 mil ovos, logo é necessário um espaço grande para realizar todo esse processo. Por isso, já com cerca de 300 animais adultos, Otássio vai esvaziar um dos seus tanques para piscicultura, cercá-los conforme as normas e colocar um milhão de girinos que chegarão agora no verão. Lá eles permanecerão até deixarem a água e, então, serão transferidos a outro local. "O que a rã precisa é de uma água limpa, de qualidade, sem cloro, que no meu caso vem da mina. Aliás, já era para eu ter mais animais, mas como aconteceu uma chuva forte aqui na região, a água ficou suja e perdi muitos girinos".
Otássio está tão animado que pretende expandir o negócio, com a construção de dois barracões para lidar com os diferentes estágios da produção com mais eficiência. O investimento, segundo ele, ficará na faixa de R$ 40 mil. "Para mil girinos são necessários mil litros de água e por isso o tanque foi a melhor alternativa. Agora, nos outros estágios, elas podem ficar mais concentradas".
No momento, Otássio não pretende trabalhar com o abate de rãs, mas vai auxiliar novos produtores e vender animais aos que vislumbram ingressar na atividade, inclusive ensinando todo o processo. "No futuro, quem sabe, posso iniciar o trabalho de abate com um volume maior. Em 2017, terei muita rã devido à desova e começarei a investir com mais tranquilidade. É uma atividade que dá muito dinheiro, com uma margem de lucro muito boa. A carne é saborosa, dez vezes melhor que a de frango", considera.
Quem quiser mais informações sobre a comercialização ou atividade, ligue para o Otássio nos telefones (43) 3552-2243, 99901-1564 ou pelo site www.ranarionovafatima.com.br
FONTE - FOLHA DE LONDRINA
No
pesque pague do Otássio, numa área de 17,5 mil metros quadrados, o
produtor vende em média de 400 quilos por semana, entre tilápia, pacu,
matrinxã, piauçu, entre outros, totalizando quatro tanques. "Já vou
deixar um dos tanques com rã, mas quem sabe no futuro todos viram rã".
O prazer em cuidar dos bichinhos também foi transferido para a esposa Kelly e a filha Kessily, de 12 anos, que também auxiliam na atividade. "É algo simples e prazeroso. Elas quase não dão trabalho e precisam apenas de um local higiênico e água limpa. Como a ração é de peixe, quase não tenho perda, porque o que sobra acaba indo para os tanques".
Hoje, Otássio fala que todos ficaram tão envolvidos com a atividade, que as pesquisas acontecem por todos da família. "Já tem muita gente pedindo uma porção de rã aqui no pesque pague. Todos estão doidos para comer. Acho que vou vender aqui no estabelecimento uma porção a R$ 40". (V.L.)
FOLHA DE LONDRINA
O prazer em cuidar dos bichinhos também foi transferido para a esposa Kelly e a filha Kessily, de 12 anos, que também auxiliam na atividade. "É algo simples e prazeroso. Elas quase não dão trabalho e precisam apenas de um local higiênico e água limpa. Como a ração é de peixe, quase não tenho perda, porque o que sobra acaba indo para os tanques".
Hoje, Otássio fala que todos ficaram tão envolvidos com a atividade, que as pesquisas acontecem por todos da família. "Já tem muita gente pedindo uma porção de rã aqui no pesque pague. Todos estão doidos para comer. Acho que vou vender aqui no estabelecimento uma porção a R$ 40". (V.L.)
FOLHA DE LONDRINA
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