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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

MESMO COM FACA CRAVADA NA CLAVÍCULA, LUCAS AINDA BUSCOU SOCORRO, DIZ DELEGADO..


Por Denise Mello e Daniela Sevieri

Lucas foi assassinado dentro da escola (Foto: Reprodução Facebook)
Lucas foi assassinado dentro da escola (Foto: Reprodução Facebook)
O estudante Lucas Eduardo Araújo Mota, de 16 anos, ainda buscou socorro fora da sala dos professores antes de tombar morto alguns metros depois, dentro da Escola Estadual Santa Felicidade, na tarde desta segunda-feira (24). A informação foi repassada ao Portal Banda B pelo delegado Fabio Amaro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Amaro e sua equipe foram os primeiros policiais civis a chegarem no colégio. Segundo ele, tudo indica que, mesmo gravemente ferido, Lucas ficou consciente um tempo dentro da sala com o amigo que o esfaqueou, antes de conseguir sair em busca de socorro. O jovem de 17 anos, que está apreendido, assumiu a autoria do crime, informou a polícia.
“O menor contou que achou Lucas alterado em razão da droga que estava usando e ficou com medo imaginando que ele pudesse agredi-lo. Por isso, disse que pegou uma faca no refeitório e colocou na cintura. Os dois foram para a sala dos professores e teriam discutido. O suspeito disse que Lucas tentou ataca-lo e ele se defendeu cravando a faca na clavícula. O que suspeitamos é que ele tenha trancado a porta e, neste momento Lucas tenha se mexido demais para tentar sair da sala, o que o fez perder muito sangue. O menor abriu a porta e saiu correndo. Foi então que Lucas saiu cambaleando, andou uns passos e caiu já morto”, disse Amaro.
O menor foi apreendido logo em seguida em casa, a uns três quilômetros da escola, na frente da mãe e do padrasto. “Conseguimos a ficha do menor e acionamos a equipe da PM2 que prontamente localizou o garoto. Fui até lá interroga-lo e, a princípio, ele negou o crime, mas logo depois, ao imaginar que já teríamos várias evidências do assassinato, acabou confessando e contando que os dois tinham dividido um ponto de LSD e que Lucas estaria tendo alucinações. Ele alega que esfaqueou o amigo para se defender, mas já foi armado para a sala dos professores”, relata o delegado.
O menor foi encaminhado para a DHPP, sempre junto com a mãe e o padrasto. Na delegacia, também foram ouvidos outros estudantes. Na sequência, o menor foi encaminhado para a Delegacia do Adolescente onde ficou apreendido.
Tanto Lucas quanto o suspeito estudavam na Escola Santa Felicidade, ocupada por estudantes desde o dia 3 de outubro em protesto contra a reforma do Ensino Médio. Os dois estavam dormindo e passando o dia no colégio junto com outros alunos e professores.
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Escola Santa Felicidade onde o crime aconteceu – Foto: Banda B

Boato de suicídio
Segundo Fábio Amaro, assim que ele e a equipe chegaram ao colégio, estudantes disseram que Lucas tinha cometido o suicídio. “Fomos para a escola com esta versão de suicídio. Chegando lá, vendo o ferimento e com a presença da perita constatamos que se tratava de um homicídio. Mas quando chegamos na escola os estudantes estavam bastante resistentes em nos dar informações. Falavam com advogados por telefone e insistiam que o aluno tinha se suicidado. Todos falavam isso, talvez orientados por alguns advogados do lado de fora. Diziam que iriam falar o mínimo para não se comprometer”, afirmou Amaro.
Por se tratar de um local de crime, a polícia isolou a escola e não permitiu a entrada de ninguém, inclusive das várias pessoas que se apresentavam como advogados dos estudantes. Segundo o delegado, a atuação destes advogados dificultou demais o trabalho da polícia na cena do crime. “Local de morte é de interesse exclusivo da polícia e da perícia científica. Não somos obrigados a deixar ninguém ingressar no local que precisa ser preservado. Mas, infelizmente, a todo momento estes advogados dificultaram o trabalho da polícia. Ainda assim, graças ao trabalho excelente da equipe da DHPP em conjunto com a Polícia Militar conseguimos apreender o suspeito”.
O delegado completa ainda que considerou uma total falta de ética a atuação destes defensores do movimento dos estudantes. “Queríamos apenas entender o que havia acontecido e conversar com os estudantes e eles atrapalharam de todas as formas numa total falta de ética”.
Segundo Amaro, apesar da falta de colaboração da maioria dos alunos, um deles resolveu ajudar a polícia e contou que Lucas e o menor haviam se trancado na sala e que foi ouvido um barulho. “Logo depois, segundo este relato, o suspeito saiu da sala correndo e cheio de sangue, pulou o muro e fugiu. Foi aí que todos viram a cena chocante de Lucas com a faca cravada na clavícula caminhando alguns passos e tombando em seguida”.
O delegado informou ainda que foi pedido um exame toxicológico no suspeito e também na vítima para confirmar o uso de drogas.
O suspeito foi apreendido em flagrante e deve responder por ato infracional com homicídio qualificado, com pena máxima de três anos de apreensão.

PORTAL BANDA B

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