Moradores de Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba, se reuniram nesta terça-feira (25) em um protesto
contra supostas medidas tomadas pela prefeitura após a eleição no dia 2
de outubro. Segundo eles, depois de perder nas urnas, a atual gestão
fechou Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs), Armazéns da
Família e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), que estaria funcionando
apenas para casos emergenciais. Procurada, a administração negou todas
as acusações.
Os manifestantes se reuniram próximo ao terminal central, no
cruzamento da Rua Domingos Scucato com a Avenida Emílio Johnson, para
seguir até a sede da prefeitura. “Assim que o prefeito não conseguiu se
reeleger, os moradores começaram a ser prejudicados. Primeiro, ele
acabou com o transporte coletivo dos universitários que estudam em
Curitiba. Em seguida, fechou CMEIs e o abastecimento das merendas nas
escolas foi afetado. A gestão acusa um parcelamento que os vereadores
não aprovaram, mas o dinheiro previsto para tudo isso já estava na Lei
Orçamentária Anual [LOA] do ano passado. Nós não podemos pagar pela má
administração deles”, disse Johny Meyki, que participou do movimento, em
entrevista à Banda B.
De acordo com o comerciante Diogo Pacheco, os manifestantes também
pretendem acompanhar todo o processo relacionado aos gastos da cidade na
Câmara Municipal. “Parece que a UPA está fechada, atendendo apenas
casos emergenciais, já que não pode paralisar totalmente, segundo a lei.
Está tendo um corte geral e nós estamos de olho, principalmente na área
legislativa”, completou.
Edi Silva, mãe de uma menina de seis anos, aluna de um CMEI, está
preocupada com as condições com as quais a menina vai para a escola. “A
minha filha está sujeita a não ter ônibus escolar amanhã. Eleição
perdida, é cidade esquecida? É isso? Não aguentamos mais”, desabafou.
O outro lado
Sobre o caso, o vice-prefeito Tonhão da Saúde (PSD) negou que houve
um ‘fechamento em série’ dos serviços do município. Segundo ele, os
CMEIs não funcionaram apenas nesta terça-feira, porque os coordenadores
participaram de uma votação na Câmara Municipal sobre a eleição dos
diretores.
Ele também declarou que o posto de saúde funciona normalmente na
cidade. “Em relação ao Armazém da Família, é preciso entender que nós
temos um limite para gastos, conforme acordado na LOA. Se nós não temos
dotação, crédito, não podemos efetuar o pagamento e terminar esses dois
meses de forma tranquila. O problema é que a Câmara Municipal, por oito
votos a sete, não aprovou o parcelamento necessário para pagar a
terceirizada do armazém, que emprega 98% dos funcionários. Sem recursos,
o prefeito preferiu demiti-los”, completou.
Já o ônibus universitário, de acordo com Tonhão da Saúde, foi uma
prerrogativa cedida pela prefeitura, que precisou ser revogada depois
que o parcelamento não foi aprovado pelos vereadores. “Esse não é um
direito, como é o transporte escolar para as crianças. Como não temos
dotação, não conseguimos pagar os motoristas. Só podemos reverter todos
esses casos se o projeto de lei for alterado e votado novamente”,
concluiu.
PORTAL BANDA B..
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