Pesquisa realizada no país revela que a população brasileira consome quantidades extremamente inadequadas de vitamina D. O resultado da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgada esse ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou uma inadequação de 99,6% entre oshomens, de 19 a 59 anos, e de 99,2% entre as mulheres da mesma idade. Em indivíduos com mais de 60 anos, a inadequação foi superior a 99% para ambos os sexos.
Entre as crianças e os adolescentes, a inadequação foi de 99,4% entre meninos de 10 a 18 anos e de 99% e 98,8% entre meninas de 10 a 13 anos e 14 a 18 anos respectivamente.
A ingestão inadequada de vitamina D pode comprometer a densidade de massa óssea, principalmente, na fase de crescimento (infância e adolescência), como também em indivíduos adultos. A baixa ingestão de vitamina D diminui a absorção e, consequentemente, o aproveitamento de cálcio e fósforo pelo organismo, aumentando o risco para osteoporose.
Além disso, a vitamina D está diretamente relacionada com funções metabólicas e atividades musculares, cardíacas e neurológicas.
Em geral, a exposição à luz solar fornece, para a maioria das pessoas, o requerimento necessário de vitamina D. No entanto, quando ocorre baixa exposição ao sol, a vitamina D deve ser adquirida por meio dos alimentos ou suplementos. Pesquisadores alertam que, embora, no Brasil, a exposição solar ocorra praticamente o ano todo, o uso de filtros solares pode limitar a disponibilidade da vitamina D.
As principais fontes dietéticas de vitamina D são os alimentos do grupo do leite, queijo e iogurte, mas o nutriente também é encontrado em grandes quantidades no salmão, no atum, nas ostras e no camarão.
Mudanças simples e de baixo custo, como aumento da ingestão de alimentos ricos em vitamina D, uso de alimentos fortificados e de suplementos, assim como a otimização da exposição solar, em períodos de menor risco para a pele, são fundamentais para melhorar a adequação nutricional da população e prevenir o risco para osteoporose.
*Por Maria Fernanda Elias, nutricionista, mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo.
Fonte: Bonde
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