O
líder de uma das gangues mais famosas da Vila das Torres, Gilson Carlos
dos Santos, mais conhecido como "Tevez", de 32 anos, foi morto com
muitos tiros na manhã desta quinta-feira (3), na Rua Arnoldo Ravanelo,
próximo à esquina com a Rua Irineu Adami, no Prado Velho. O crime foi
cometido na frente dos moradores da região.
O
homem, que já era conhecido da polícia, foi abordado enquanto andava
pela rua. "Ele tentou correr, foi atropelado, arrastado e brutalmente
executado", contou o delegado Miguel Stadler, da Divisão de Homicídios e
Proteção à Pessoa (DHPP).
Segundo
a perícia do Instituto de Criminalística, não foi possível contar
quantos tiros atingiram "Tevez", mas, só na cabeça, foram vistas pelo
menos dez marcas de ferimentos. Um dos disparos foi feito de perto, bem
no meio da testa do rapaz.
Os assassinos, estariam
em um Pálio branco. "Foram muitos tiros. Mas muitos mesmo. Eles sequer
se importaram com a presença das pessoas", disse um jovem morador da
região, que não se identificou. Os moradores acompanharam todo o
trabalho da polícia no local até o momento da retirada do corpo do
homem, pelo Instituto Médico-Legal (IML).
Corpo fechado
No
ano passado, "Tevez" foi ferido em uma troca de tiros dentro da vila.
Na época, foram vários disparos e ele disse para quem quisesse ouvir que
sobreviveu porque tinha "corpo fechado". Ainda no dia, como revolta
pelo tiroteio, os moradores da Vila Torres fecharam as ruas Chile e
Guabirotuba em protesto e um carro chegou a ser incendiado.
Segundo
a Polícia Civil, a maioria das mortes na vila está relacionada à guerra
entre a “Gangue de Cima” e a “Gangue de Baixo”, que disputam
territórios e pontos de tráfico de drogas. O confronto entre as duas
gangues voltou a acontecer com a insatisfação de alguns integrantes com o
"acordo de paz", feito com uma facção criminosa. A intenção dos
bandidos era de que o tráfico de drogas pudesse acontecer sem
ocorrências no local, mas isso foi quebrado.
“Tevez”,
que era um dos líderes da “Gangue de Cima”, tinha extensa ficha
criminal, com vários mandados de prisão cumpridos, inclusive por
homicídio. Ele, que era considerado de alta periculosidade, foi preso
várias vezes, mas sempre acabava solto.
Para
o delegado, o assassinato ficou claro a ligação com o passado de
“Tevez”, que estava relacionado a mortes ligadas ao tráfico de drogas
dentro e fora da vila. Os assassinos teriam aproveitado o momento, pois
perdeu um pouco de poder depois que alguns seguidores pararam de
acompanhá-lo.
Com as informações Blog do Lobão.