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Safra de soja do Paraná deve ter quebra de 14%, diz Deral — Foto: Reprodução/RPC |
A safra de soja do Paraná deve ter uma quebra de 14%, segundo o
Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual de
Agricultura. A previsão inicial de 19,5 milhões de toneladas foi revista
para 16,8 milhões de toneladas do grão.
Técnicos identificaram a redução da produtividade das lavouras após
percorrer propriedades pelo estado. As altas temperaturas e a falta de
umidade foram apontadas como os fatores que prejudicaram a formação da
soja.
De acordo com o secretário de Agricultura Norberto Ortigara, a quebra
representa um prejuízo de cerca de R$ 3 bilhões considerando os preços
atuais
“[Este valor] não ingressará na nossa economia. É ruim. É ruim para todo mundo. É ruim para o produtor, para o pequeno município, para a economia, para a arrecadação do Estado no futuro e para o mercado”, afirmou.
As regiões oeste, noroeste e sudoeste do Paraná são as mais atingidas. Ainda falta colher 85% das lavouras de soja do estado.
A ministra da Agricultura Tereza Cristina esteve no evento de lançamento da colheita do grão, realizado na manhã desta quinta-feira (24) em Apucarana, no norte do Paraná.
Em meio a uma safra abaixo do esperado, ela foi cobrada sobre a possibilidade de renegociar dívidas de produtores rurais.
Tereza Cristina disse que, por enquanto, não deve haver uma
renegociação generalizada, considerando que a colheita ainda não acabou.
“Nestes bolsões, onde nós tivemos problemas climáticos, eu vou conversar com o Banco do Brasil, para quem financia a cadeia produtiva possa estar presente nessa hora de aflição que passam nossos produtores rurais”, afirmou a ministra.
Além de políticos, o evento reuniu produtores rurais e especialistas em soja que discutiram os rumos da produção.
Feijão 1ª safra
Conforme o Deral, a quebra na 1ª safra de feijão deve chegar a 21%, com
a produção ficando em torno de 260,1 mil toneladas. O governo estima
que os prejuízos cheguem à R$ 171 milhões.
A região de Curitiba foi a mais afetada, com redução de 30% na
produção. Em seguida vem Ponta Grossa, nos Campos Gerais, com perdas de
14%.
O levantamento também aponta que a colheita já foi feita em 80% da área
plantada, e as perdas já estão provocando reflexos no mercado. De
dezembro a janeiro, os preços do feijão de cor tiveram alta de 41%, já o
feijão preto subiu 26%.
Milho
A produção de milho da primeira safra foi pouco afetada pelas condições climatológicas dos últimos meses.
A expectativa do Deral era colher 3,3 milhões de toneladas, mas o
início da colheita aponta que deve haver redução de 200 mil toneladas de
grãos, com função do calor excessivo registrado entre novembro e
dezembro.
FONTE - G1 PR
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