Caminhão não freou em trecho de obra e acertou outros veículos
As vítimas que morreram carbonizadas no grave acidente na BR-277
na noite desta quarta-feira (20) foram identificadas como Pedro
Jurandir Iza, de 45 anos, e Beatriz Fuzick de Souza, que não teve a
idade divulgada. Os dois eram casados e moravam em Curitiba.
O caso gerou muita comoção nas redes sociais, onde amigos e
familiares escreveram homenagens ao casal. “Descanse em paz. Hoje o céu
ganha mais duas estrelas radiantes”, escreveu uma pessoa. “Ainda não dá
para acreditar que vocês morreram, mas cada um tem o seu dia certo, mas
ninguém aceita, ainda mais dessa forma. Muito triste, vocês vão fazer
falta. Você, Pedro, vai fazer muita falta pelas suas alegrias,
brincadeiras, pelos vídeos que recebia da manhã… Com você não tinha
tristeza”, escreveu outra.
O acidente
A colisão aconteceu no km 101 na pista sentido Campo Largo, próximo
ao viaduto que dá acesso aos contornos norte e sul. A velocidade do
tráfego reduziu por conta de obras na pista e o motorista de um caminhão
não conseguiu frear. Ele bateu contra outros seis carros e uma
caminhonete, que pegaram fogo logo em seguida.
Beatriz e Pedro estavam no primeiro automóvel atingido pelo
caminhoneiro, que parou para prestar socorro às vítimas. O casal morreu
carbonizado e outras quatro pessoas ficaram feridas.
O motorista do caminhão foi levado à Delegacia de Delitos de Trânsito
(Dedetran) de Curitiba para prestar esclarecimentos. Segundo a Polícia
Civil, o condutor informou que havia apenas uma bandeira sinalizando as
obras e que, por isso, demorou para perceber os carros parados. Ele
tentou frear, mas não conseguiu.
Ainda em depoimento, o condutor disse que estava a 60 km/h no momento
do acidente, o que deve ser conferido por uma perícia complementar.
Para a polícia, no entanto, tudo indica que ele trafegava em velocidade
maior do que a permitida no trecho, que é de 80 km/h. O motorista foi
solto e deve responder o processo em liberdade.
A concessionária responsável pela rodovia, a CCR RodoNorte, declarou
que o local da obra estava devidamente sinalizado e o condutor da
carreta não respeitou as placas para redução da velocidade.
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