A Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Congonhinhas esteve em festa no
dia 13/08 com a ordenação presbiteral do Diácono Diego Carvalho Dias.
A ordenação contou coma presença
de parentes amigos e familiares do diácono, foi um momento inesquecível para a
comunidade.
O
sacramento da Ordem é constituído por três graus: episcopal, presbiteral e
diaconal. Cada qual possui um rito de ordenação próprio, porém o comum entre
eles é a imposição das mãos e a prece de ordenação.
O segundo
grau do ministério da Ordem é o presbiteral, denominado também por sacerdotal.
Segundo o Pontifical Romano, a ordenação presbiteral é constituída por seis
partes: eleição do candidato; homilia; propósito do eleito; ladainha; imposição
das mãos e prece de ordenação; unção das mãos e entrega da patena e do cálice.
Como as
demais ordenações, a sacerdotal é realizada dentro da Eucaristia. Logo após a
Liturgia da Palavra, dá-se início ao Rito de Ordenação Presbiteral.
Eleição do Candidato
O diácono
chama o ordenando, com as seguintes palavras: “Queira aproximar-se o que vai
ser ordenado presbítero”. E, em pé, o candidato coloca-se diante do bispo, como
sinal de prontidão, dizendo: “Presente”. Em seguida, um presbítero, designado
para tal, pede ao bispo para que ordene este irmão para a função de presbítero.
O bispo, então, interroga se o candidato é digno deste ministério. O presbítero
responde, que após ter averiguado junto ao povo de Deus e ouvido os
responsáveis, com convicção declara ser testemunha de que este candidato foi
considerado digno. Tendo esta resposta, o ordenante diz: “Com o auxílio de Deus
e de Jesus Cristo, nosso Salvador, escolhemos este nosso irmão para a Ordem do
Presbiterado”. E todos dizem: “Graças a Deus”.
Homilia
Dando
sequência, o bispo, brevemente, fala ao povo de Deus sobre este momento forte
na vida da comunidade; bem como sobre o sacramento da Ordem Sacerdotal. E,
dirige-se ao ordenando, admoestando e animando-o acerca deste ministério para o
qual será ordenado.
Propósito do Eleito
Após a
homilia, o eleito, em pé, responde às seguintes interrogações feitas pelo
bispo:
– Queres,
pois, desempenhar sempre a missão de sacerdote no grau de presbítero, como fiel
colaborador da Ordem episcopal, apascentando o rebanho do Senhor, sob a direção
do Espírito Santo?
– Queres,
com dignidade e sabedoria, desempenhar o ministério da palavra, proclamando o
Evangelho e ensinando a fé católica?
– Queres
celebrar com devoção e fidelidade os ministérios de Cristo, sobretudo pelo
sacrifício eucarístico e o sacramento da reconciliação, para o louvor de Deus e
santificação do povo cristão, segundo a tradição da Igreja?
– Queres
implorar conosco a misericórdia de Deus em favor do povo a ti confiado, sendo
fielmente assíduo ao dever da oração?
– Queres
unir-te cada vez mais ao Cristo, sumo Sacerdote, que se entregou ao Pai por
nós, e ser com ele consagrado a Deus para salvação da humanidade?
O
ordenando, ao responder “Quero”, afirma publicamente o propósito de aceitar
esses encargos. Em seguida, o eleito ajoelhado põe suas mãos postas entre as do
Bispo, e, esse interroga: “Prometes respeito e obediência ao Bispo diocesano e
ao teu legítimo superior?”; Eleito: “Prometo”; Sendo assim, o bispo conclui
dizendo: “Deus, que te inspirou este bom propósito, te conduza sempre mais à
perfeição”.
Ladainha
O Bispo
convida o povo a rogar a Deus Pai que derrame com largueza a sua graça sobre
este seu servo, que ele escolheu para o cargo de presbítero. O eleito
prosta-se, como sinal de sua total entrega a Deus. E, durante a ladainha,
segundo o n.155 do Pontifical Romano, se for domingo e no tempo pascal, os
demais permanecem de pé; no entanto, nos outros dias, de joelhos.
Terminada
a ladainha, o bispo, de mãos estendidas reza:
“Ouvi-nos,
Senhor, nosso Deus, e derramai sobre este vosso servo a bênção do Espírito
Santo e a força da graça sacerdotal, a fim de que acompanheis com a riqueza de
vossos dons o que apresentamos à vossa solicitude para ser consagrado. Por
Cristo, nosso Senhor”.
Imposição das mãos e Prece de Ordenação
Esta parte
decorrente é tida como aquela que, no silêncio do coração, o bispo e todos os
presbíteros presentes pedem a Deus pelo ordenando. Esse, estando de joelhos, em
silêncio, o bispo impõe as mãos sobre sua cabeça, seguido pelos presbíteros.
Depois do
longo silêncio, o bispo reza ou canta a oração da ordenação, na qual são
citadas as principais tarefas do sacerdote. Nessa oração é lembrada a relação
dos setenta mais velhos com Moisés. O sacerdote é descrito principalmente como
colaborador do bispo, instrutor da fé e divulgador da palavra de Deus. O pedido
mais importante é colocado pelo bispo nas palavras: “Dê a seus servidores a
virtude sacerdotal. Renove neles o espírito de santidade. Faça, ó Deus, com que
eles se atenham ao ofício que receberam da sua mão; que a vida deles seja para
todos estímulo e fio condutor. Abençoe, santifique e ordene os servidores pelo
Senhor”. A oração transpira o espírito da Primeira Carta de Timóteo. Nela é
dito que o encarregado do ministério deve manter o bem que lhe foi confiado,
deve passar adiante fielmente o tesouro que recebeu na mensagem de Jesus, nosso
Salvador. Já naquela época, o autor da Carta de Timóteo precisava exortar os
encarregados pelos ministérios a viver de acordo com seu serviço. Aquele que é
ordenado sacerdote reflete algo sagrado que oferece aos outros. (GRÜN, A. 2007,
p. 33-34).
Unção das mãos e entrega do pão e do
vinho
A última
parte do Rito de Ordenação apresenta alguns símbolos, ricos em significado e
que indicam o ministério sacerdotal da Ordem.
Terminada
a Prece de Ordenação, o eleito, com o auxílio de um ou dois presbíteros, é
revestido com a estola sacerdotal e a casula. Em seguida, de joelhos, a palma
das mãos do ordenado é ungida pelo bispo com o óleo do santo Crisma. Segue-se a
seguinte oração: “Nosso Senhor Jesus Cristo, a quem o Pai ungiu com o Espírito
Santo, e revestiu de poder, te guarde para a santificação do povo fiel e para
oferecer a Deus o santo Sacrifício”.
Logo após,
o bispo amarra as mãos do ordenado, e, onde for costume, é desamarrada por quem
receberá a primeira bênção sacerdotal.
Em
seguida, os fiéis trazem o pão na patena, e o vinho e a água no cálice, para a
celebração da Missa. O diácono os recebe e entrega ao bispo, que os entrega ao
Ordenado, ajoelhado diante de si, dizendo: “Recebe a oferenda do povo para
apresentá-la a Deus. Toma consciência do que vais fazer e põe em prática o que
vais celebrar, conformando tua vida ao mistério da cruz do Senhor”.
Por fim,
como sinal alegre de acolhimento ao neo-sacerdote, o bispo e o colégio dos
presbíteros presentes o abraçam. Segue, então, a liturgia eucarística, onde o
ordenado exerce, pela primeira vez, o seu ministério, concelebrando-a com o
bispo e os outros membros do presbitério.
Ao término
da celebração, o bispo estende suas mãos sobre o ordenado e sobre o povo
dizendo:
“Deus,
pastor e guia da Igreja, te guarde constantemente com sua graça para cumprirdes
com fidelidade os deveres de presbítero. Amém.
Ele te
faça no mundo servo e testemunha da verdade e do amor de Deus e ministro fiel
da reconciliação. Amém.
Ele te
faça verdadeiro pastor que leve ao seu povo o Pão vivo e a Palavra de vida,
para que cresça na unidade do Corpo de Cristo. Amém.
E a todos
vós aqui reunidos, abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai e Filho e Espírito
Santo. Amém”.
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