Por Felipe Ribeiro e Djalma Malaquias
Sem conseguir enterrar o filho morto há sete meses, Regina Beatriz Czaplinski fez um apelo ao Instituto Médico Legal de Curitiba para conseguir a liberação do corpo. Aléssio Maurício Alves Roberto foi encontrado morto no dia 22 de maio na cidade em que morava, Almirante Tamandaré, na região metropolitana, mas Regina só conseguiu reconhecer o corpo quatro meses depois. Um impasse burocrático e judicial estaria impedindo a liberação da vítima até esta quarta-feira, 28 de dezembro.
Regina contou à Banda B o drama que tem vivido para conseguir liberar
o corpo e lamentou os transtornos para conseguir aliviar um pouco da
dor. “Eu comuniquei à Justiça aqui na cidade e consegui a autorização já
faz meses, mas até hoje não consegui a liberação. Um ofício já foi
enviado à Justiça de Curitiba e continuamos lutando. Até o momento, só
consegui ver o corpo pelo computador, quero ter a certeza de que aquele é
meu filho”, disse.
Aléssio foi assassinado na Vila Prado. Por quatro meses, Regina ficou
no ‘escuro’, sem saber o que tinha acontecido com o filho. Desde então,
a briga tem sido judicial.
Imbróglio
De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública e
Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), o problema na liberação
acontece porque o corpo não foi identificado no primeiro mês e, como o
IML fica em Curitiba, a entrada no processo foi feita na Vara de
Registros Públicos da capital.
Posteriormente, a família entrou com o pedido de liberação no Juízo
de Almirante Tamandaré. “Como a vítima morreu em Curitiba, este
procedimento do IML foi correto. Agora temos que resolver junto à Vara
de Registro Público de Curitiba. Pedir à família para procurar o serviço
de assistência social do IML no dia 2 para ajudar a resolver o
problema”, disse a pasta estadual à Banda B.
Como o serviço de assistência social reabre após o ano novo, a
família deve contar com o auxílio do IML para a liberação somente a
partir da próxima semana.
“A dor de perder um filho já é sem tamanho. E as pessoas na terra só
conseguem me fazer sofrer ainda mais com essa falta de entendimento dos
homens. Vou continuar lutando até enterrar meu filho”, finaliza a mãe de
Aléssio.
Nenhum comentário:
Postar um comentário