GERALDO NOTÍCIAS: SEM AJUDA HOSPITAL EVANGELICO VAI FECHAR AS PORTAS... DIREÇÃO PEDE SOCORRO..

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sexta-feira, 25 de novembro de 2016

SEM AJUDA HOSPITAL EVANGELICO VAI FECHAR AS PORTAS... DIREÇÃO PEDE SOCORRO..


Funcionários e direção participaram de audiência na tarde desta quinta-feira. Vários serviços foram suspensos por falta de verba. (Fotos: Flávia Barros – Banda B)

Os funcionários e a direção do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba (HUEC) realizaram uma audiência para avaliar a situação financeira da instituição na tarde desta quinta-feira (24). Segundo o Sindesc, sindicato que representa os trabalhadores, sem ajuda, o HUEC pode fechar as portas.
“Se não houver a contribuição das entidades mantenedoras e de toda a sociedade, o Evangélico deixará de funcionar e isso será um prejuízo incalculável para toda a cidade. O quadro é crítico, essa semana terminaram de transferir o salário de novembro, mas não há perspectiva para o 13º e o pagamento de dezembro”, disse Isabel Cristina Gonçalves, presidente do Sindesc, em entrevista à Banda B.
Sem recursos suficientes, desde segunda-feira (21) o hospital suspendeu atendimentos para pacientes do Samu e Siate, além do agendamento de cirurgias eletivas – aquelas que podem ter uma data definida. A partir do dia 28, a instituição também vai deixar de realizar consultas ambulatoriais, exames laboratoriais e de imagem por tempo indeterminado.
De acordo com Isabel, os funcionários passaram o ano todo aceitando atrasos no salário e sugestões de parcelamento do 13°. “Eles são guerreiros, por passar por tudo isso. Mas não dá mais, todos têm contas, juros e famílias para sustentar”, completou. Em assembleia na tarde de hoje, a categoria decidiu realizar uma manifestação em frente ao prédio da prefeitura de Curitiba – o ato ainda não tem data para acontecer. Caso não haja melhorias, o sindicato não descarta a possibilidade de greve geral.
O interventor do Evangélico, Carlos Senna Motta, disse que já enviou um pedido ao Ministério da Saúde para adquirir novas habilitações ao hospital, que somam R$ 3 milhões de reais por mês. “ Nós queremos proporcionar o aumento da receita, que hoje gira em torno de R$ 10 milhões mensais. O que nós esperamos é que todos os segmentos da sociedade olhem com carinho para a nossa situação. Agora, não estamos fechando, mas sim adequando os nossos serviços aos recursos que temos”, explicou.
Ele ainda ressaltou que os setores de queimados e de pessoas que fazem quimioterapia ou imunoterapia estão abertos normalmente. Como resultado da paralisação dos atendimentos feitos pelo Samu e Siate, a demanda de pacientes emergenciais em casos clínicos ou de trauma (acidente ou crime) deve aumentar no Hospital Cajuru e no Trabalhador, na capital. Na região metropolitana, existem como alternativas o Angelina Caron (Campina Grande do Sul), o Nossa Senhora do Rocio (Campo Largo), além dos municipais de São José dos Pinhais e Araucária.
Para o diretor da área de Saúde do grupo Marista, Álvaro Quintas, responsável pela gestão do Hospital Cajuru, um possível fechamento do Evangélico causaria um impacto muito grande nas outras instituições. “Nós temos certeza que enfrentaríamos um aumento da mortalidade e também a piora da saúde da população, por isso, precisamos de ajuda”, finalizou.

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