Redação com Zero Hora
A hipótese de falta de combustível como provável causa do acidente
que deixou 71 mortos e seis feridos no avião que levava o time da
Chapecoense nesta terça-feira, em Medellín, ganha força. De acordo com a
Rádio Caracol, da cidade colombiana, dois pilotos que pousavam no
Aeroporto José María Córdova no mesmo momento revelaram, em conversa com
repórteres, que o comandante do voo fretado da Chape alegou estar com
pouco combustível.
Segundo o diálogo reproduzido pela rádio, os problemas de pane seca
“ficaram claros” assim que o pedido de prioridade para pouso foi feito.
– Eles chegaram ao limite e não podiam demorar (para pousar) nem um
pouco mais. A torre os colocou a suspender (a rota normal de pouso) a 21
mil pés. Eu vinha a 19 mil pés, e outro avião estava a 14 mil. O piloto
(da Chape) perguntou se eu ia demorar e dois minutos depois avisou que
estava com problemas de combustível. Em seguida, pediu, desesperado, que
nós os deixássemos passar – explicou o piloto.
A torre de controle de Medellín recebeu o pedido de emergência e autorizou o pouso imediato, mas foi tarde.
– Eles passaram o voo para a frente, e o piloto disse que estava com
total falha elétrica. Ele estava a 9 mil pés quando passou Rionegro,
sendo que deveria estar a 10 mil pés. Quando declarou emergência, era
muito tarde. Deveria ter parado em Bogotá, mas preferiu ir direto (a
Medellín) – lamentou o comandante ouvido pela rádio.
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