da Agência Brasil
Portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje (27) no Diário
Oficial da União, torna pública a decisão de incorporar a tobramicina
inalatória para o tratamento de infecção crônica das vias aéreas em
pacientes com fibrose cística.
De acordo com o texto, o relatório de recomendação da Comissão
Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) sobre o
medicamento será disponibilizado no endereço eletrônico http://conitec.gov.br/. A portaria entra em vigor hoje.
A doença
De acordo com a Sociedade Brasileira de Assistência à Mucoviscidose, a
fibrose cística é uma doença genética, crônica, que afeta
principalmente os pulmões, o pâncreas e o sistema digestivo. Atinge
cerca de 70 mil pessoas em todo mundo e é a doença genética grave mais
comum da infância.
Um gene defeituoso e a proteína produzida por ele fazem com que o
corpo produza muco de 30 a 60 vezes mais espesso que o usual. Esse muco
espesso leva ao acúmulo de bactéria e germes nas vias respiratórias,
podendo causar inchaço, inflamações e infecções como pneumonia e
bronquite, trazendo danos aos pulmões.
Os sintomas da fibrose cística variam de pessoa para pessoa, mas os mais comuns são:
– pele de sabor muito salgada;
– tosse persistente, muitas vezes com catarro;
– infecções pulmonares frequentes, como pneumonia e bronquite;
– chiados no peito ou falta de fôlego;
– baixo crescimento ou ganho de peso, apesar de bom apetite;
– fezes volumosas e gordurosas e dificuldade no movimento intestinal (poucas idas ao banheiro);
– surgimento de pólipos nasais.
Ainda segundo a entidade, antigamente, crianças afetadas pela fibrose
cística mal chegavam à idade de completar a escola primária.
Atualmente, o diagnóstico precoce e o tratamento correto aumentam a
expectativa e a qualidade de vida de crianças e adultos acometidos pela
doença.
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