Em um túmulo singelo, rodeado por sepulturas simples no Cemitério do
Irajá, na zona norte do Rio, foi sepultado no fim da manhã desta
quarta-feira o corpo do Capitão do Tri, Carlos Alberto Torres. O Hino
Nacional e aplausos de familiares, personalidades do esporte e
torcedores anônimos serviram como última homenagem ao ex-jogador.
Dentre
os presentes, estavam dirigentes da CBF, como o coronel Antônio Carlos
Nunes e o deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) – o presidente Marco
Polo Del Nero não compareceu. Técnico do Brasil na conquista do tetra da
Copa do Mundo, Carlos Alberto Parreira também compareceu e demonstrava
abatimento.
O velório na sede da CBF terminou por volta das 9h30 desta quarta. O
caixão com o corpo do ex-jogador, que faleceu vitimado por um enfarte na
manhã de terça-feira, foi colocado num caminhão do Corpo de Bombeiros e
trasladado, com o auxílio de batedores, para o cemitério do Irajá. O
percurso durou cerca de uma hora e passou por vias movimentadas do Rio.
Ex-jogadores, técnicos, cartolas e familiares acompanharam os atos
para prestar uma última homenagem. Pela sede da CBF, passaram Tite,
Roberto Dinamite e Mauro Galvão. No cemitério, Paulo César Caju,
companheiro de Carlos Alberto Torres na conquista do tri no México,
fazia companhia ao filho do Capita, Alexandre Torres.
Último jogador a erguer o troféu de campeão do mundo pelo Brasil, o
também ex-lateral direito Cafu foi um dos que estiveram no velório de
Carlos Alberto Torres. “É um dia muito triste para o futebol mundial.
Ele é um ídolo e uma das maiores referências”, disse Cafu. Ele lembrou
ainda o gesto de Carlos Alberto de beijar a taça Jules Rimet após o
título conquistado no México. “Foi nosso maior capitão.”
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