or Marina Sequinel e Antônio Nascimento
De cada dez pessoas que reagem a assaltos, apenas
duas conseguem se salvar. De acordo com o delegado Matheus Laiola, da
Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), em 80% ou 90% dos casos as vítimas
são baleadas ao tentarem resistir ao crime.
“A orientação é sempre não reagir. Nós temos dados que mostram que
confrontar o bandido não vale a pena. A vida vale muito mais do que um
trocado, uma joia ou celular”, disse Laiola em entrevista à Banda B.
Ainda de acordo com ele, na maioria das vezes, o criminoso não tem
interesse em entrar em luta corporal com a vítima. “A tendência é que
ele use a arma ou a faca logo de cara. Em algumas situações, a pessoa
acha que o bandido está sozinho e pensa que pode reagir, mas sempre tem
um comparsa dando cobertura. O ideal é manter a calma e não tentar
fugir, isso vai diminuir a possibilidade da pessoa ser baleada ou
ferida”, completou o delegado.
Recentemente, dois casos de reação a assaltos chocaram os moradores
do Paraná. Neste domingo (2), o garçom Roderlei Willy, de 47 anos,
morreu no Hospital Evangélico, em Curitiba. Ele estava internado em
estado grave desde o dia 19 de setembro, quando foi baleado durante um
assalto no bairro Santa Felicidade, em Curitiba.
Na ocasião, Roderlei tentou salvar uma mulher que foi rendida por
dois homens armados na Avenida Manoel Ribas. Ao dar a rasteira em um dos
ladrões, ele acabou surpreendido pelo outro que dava cobertura.
Em Curiúva, no Norte do Paraná, um pai foi morto ao enfrentar
assaltantes que estavam roubando o filho na frente da casa da família.
Everaldo Izídio foi baleado, socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e
morreu no fim de semana.
BANDA B..
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