A sessão que discutia o projeto que quer proibir o uso de máscaras em
manifestações na manhã de hoje, na Câmara Municipal de Curitiba, foi
interrompida por graves acusações. A vereadora Carla Pimentel (PSC)
acusa Professor Galdino (PSDB) de tê-la agredido física e sexualmente. A
confusão aconteceu em uma sala anexa ao plenário e todos os envolvidos
estão no 1º Distrito Policial. Galdino está detido e foi encaminhado a
Delegacia da Mulher, que ficará responsável pelo caso.
A acusação da vereadora é que Galdino se aproveitou de uma situação
para passar a mão no corpo de Carla Pimentel. “Ele se lançou para cima
de mim, passou por cima da mesa, se jogou para cima de mim e os
vereadores seguraram ele. Eu fui para trás, bati na parede. Foi uma
agressão física e sexual, ele pegou em mim”, contou Carla, em entrevista
à Banda B.
Segundo os vereadores que estavam próximos e participavam da
conversa, a confusão teria começado quando Galdino quis de volta um
santinho (material de campanha) que entregou à vereadora. “Ele
aproveitou a situação, chegou perto e foi alisando ela, em cima e
embaixo, notamos o constrangimento dela. Nós nos aproximamos e tentamos
segurá-lo. Ele não pode ser certo da cabeça”, disse o vereador Rogério
Campos (PSC). Na gestão anterior, Professor Galdino respondeu a três
inquéritos instaurados no Conselho de Ética da CMC – assédio, racismo e
quebra de decoro parlamentar – e todos foram arquivados.
Testemunhas afirmaram à Banda B que o vereador Galdino teria entregue
o santinho a Carla, mas pediu que ela lhe devolvesse. Nesse momento,
ele teria se aproximado dela e, usando as mãos, passou a procurar o
santinho que ela teria colocado no bolso. Além de Campos, os vereadores
Bruno Pessuti (PSC), Beto Moraes (PSDB), Jhony Stica (PDT) e Tiago
Gevert (PSC) estavam próximos e viram as agressões.
Carla acionou a Guarda Municipal (GM) e se encaminhou até a delegacia
central para registrar um Boletim de Ocorrência. “Eu espero que nenhum
agressor fique solto porque um homem bater em uma mulher a gente não
pode aceitar isso, ainda mais no parlamento. Ele chegou a me ameaçar,
depois ele voltou querendo dizer que aquilo era uma mentira, mas muitas
pessoas viram”, acredita.
Ao lado da vereadora, Campos a acompanhou e vai prestar
esclarecimento como testemunha. “Eu vi tudo. Uma cena horrível,
lamentável, um parlamentar escolhido para representar a população ter
esse tipo de atitude com uma mulher. A gente espera medidas cabíveis
para quem agride ou tenta abusar de uma mulher”, finalizou.
O vereador Galdino, junto com o advogado, foram até a delegacia
acompanhar os procedimentos. Ele nega que tenha agredido a vereadora e
disse que as acusações são frutos de vereadores que não têm votos e
estão desesperados.
No 1º DP todos foram ouvidos. Galdino assinou de um termo
circunstanciado (TC), por vias de fatos e importunação ofensiva ao
pudor. As pessoas envolvidas – testemunhas, vítima e suspeito – foram
ouvidas e liberadas. O procedimento feito pela Delegacia da Mulher será
encaminhado ao Poder Judiciário. A audiência ficou marcada para o dia 21
de outubro na 14º Juizado Especial.
BANDA B..
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