O ex-ministro Paulo Bernardo foi preso
nesta quinta-feira (23) na 31ª fase da Operação Lava Jato, em Brasília.
Um mandado de busca e apreensão também está sendo cumprido na casa da
senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba. Policiais federais também estão
na sede do PT no Centro de São Paulo. A Polícia Federal indiciou Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ao
concluir o inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da
Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da parlamentar. A
defesa do ex-ministro disse que desconhece as razões da prisão, e que
estranha porque Paulo Bernardo sempre se colocou à disposição das
autoridades. A PF afirma ter indícios suficientes contra Gleisi e o
marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime
de corrupção. As conclusões da Polícia Federal foram anexadas ao
inquérito 3979, que tramita no Supremo Tribunal Federal , na Operação
Lava Jato. A PF entendeu que há indícios suficientes de que a campanha
de Glesi recebeu R$ 1 milhão em propina. Um novo delator , Antonio
Carlos Pieruccini, informou que transportou o dinheiro, em espécie, de
São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia para
Ernesto Kugler, empresário que seria próximo de Gleisi. Segundo a PF,
as entregas ocorreram na casa de Kugler e em empresas das quais é sócio.
E que o empresário e o então tesoureiro da campanha de Gleisi,
Ronaldo da Silva Baltazar, se falaram por telefone pelo menos 25 vezes.
Segundo o relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso,
o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito
ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quando Paulo Bernardo
era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro
teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras.
Com as informações (g1)
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