A
exoneração do ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi publicada no
Diário Oficial desta terça-feira, dia 24 de maio. Ele pediu o
afastamento depois da divulgação de conversas com o ex-presidente da
Transpetro Sérgio Machado. Conforme divulgamos, uma semana e meia após
ser nomeado ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB) anunciou, sob
vaias e protestos, que vai se licenciar. Jucá é investigado na Lava
Jato e em outro processo no Supremo Tribunal Federal (STF). A saída do
governo ocorre no mesmo dia em que o jornal "Folha de S.Paulo" divulgou
conversa em que Jucá sugere um "pacto" para barrar a Lava Jato ao falar
com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado (ouça trechos dos
diálogos). Machado negocia acordo de delação premiada com a
Procuradoria-Geral da República - que detém o áudio. Antes de dizer que
ia se licenciar, Jucá afirmou em entrevista coletiva que não devia "nada
a ninguém" e não via "nenhum motivo para pedir afastamento". Disse
também que o termo "estancar a sangria", usado na conversa com Machado,
se referia à economia. O jornal publicou o áudio do diálogo e, horas
depois, Jucá anunciou que deixaria o governo. Em seu lugar assumirá o
secretário-executivo da pasta, Dyogo Oliveira, que é investigado pela
Operação Zelotes. O nome de Oliveira consta em um inquérito aberto para
apurar suposto esquema de compra e venda de medidas provisórias nos
governos do PT, mas ele não foi indiciado. No início da noite, o
presidente em exercício, Michel Temer (PMDB), divulgou nota exaltando
Jucá e informando sobre seu afastamento "até que sejam esclarecidas as
informações divulgadas pela imprensa". Na nota, Temer elogia a
"dedicação" e o trabalho "competente" do ministro. "Conto que Jucá
continuará, neste período, auxiliando o Governo Federal no Congresso de
forma decisiva, com sua imensa capacidade política". O
PSOL acionou a Procuradoria-Geral da Reública (PGR), para pedir a
prisão de Jucá, e o PDT vai pedir a cassação do mandato de senador dele,
segundo o seu colega Telmário Mota, também senador por Roraima. A
presidente afastada Dima Rousseff (PT) afirmou que a divulgação de
conversa gravada deixa “evidente” o caráter “golpista” e “conspiratório”
do processo de impeachment.
RJ CORRETORA DE IMOVÉIS..FLA COM ZÉ TURBINA..
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