O Senado aprovou um projeto que torna lei a
autorização para produção, venda e consumo de remédios que tenham em
sua composição substâncias utilizadas para emagrecimento. O uso chegou a
ser proibido pela Anvisa em 2011, mas um decreto suspendeu a proibição.
O projeto também obriga os medicamentos para emagrecimento a ser tarja
preta, ou seja, sob prescrição médica. O texto será analisado pela
Câmara e depois vai para sanção da presidente Dilma Rousseff. MAIS DETALHES -
A produção e venda de medicamentos para emagrecer que contenham
sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol foram aprovadas no
Senado na quarta-feira (20 de abril). O uso dessas substâncias
inibidoras de apetite foi restringido e, em alguns casos, até proibido
no ano de 2011 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O
texto segue agora para a Câmara dos Deputados. A proibição da Anvisa
está relacionada ao risco de problemas cardíacos causados pelos
inibidores de apetites. A medida, no entanto, gerou reação de
associações médicas e do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em resposta
ao Decreto Legislativo 273/2014, que sustou essa norma, a agência
editou resolução autorizando a produção industrial e a manipulação das
substâncias, definindo também normas para comercialização e controle,
como retenção de receita, assinatura de termo de responsabilidade pelo
médico e de termo de consentimento pelo usuário. Mesmo com a
regulamentação, o deputado Felipe Bornier (PSD-RJ) apresentou o projeto
(PLC 61/2015) para garantir em lei a permissão para a comercialização
dos remédios para emagrecer. A proposta foi aprovada na Comissão de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) em
fevereiro. O relator na comissão, Otto Alencar (PSD-BA), considerou
corretos os procedimentos adotados pela Anvisa, mas diz ser necessária a
previsão da norma em lei para evitar que a agência volte a retirar os
produtos do mercado. Otto Alencar acatou emenda apresentada pelo senador
Donizeti Nogueira (PT-TO) para evidenciar no texto que medicamentos com
essas substâncias sejam classificados como “tarja preta”. Com isso, a
venda de produtos com sibutramina, anfepramona, femproporex e mazindol
fica condicionada à apresentação da receita especial na cor azul, que
fica retida com o farmacêutico. O PLC 61/2015 já havia sido aprovado na
Comissão de Assuntos Sociais (CAS), com parecer favorável da relatora,
senadora Lúcia Vânia (PSB-GO), em outubro de 2015, mas devido à
aprovação de requerimento do senador Delcídio do Amaral (Sem partido-MS)
foi encaminhado para a análise da CMA. Como foi alterado no Senado, o
projeto voltará à Câmara para que os deputados analisem a mudança feita
pelos senadores.
RJ CORRETORA DE IMOVÉIS..FLA COM ZÉ TURBINA..
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