A partir do ano que vem
(2017), os produtores paranaenses não poderão mais fazer o plantio de
soja sobre lavouras de grãos recém-colhidos, a chamada safrinha.
Portaria publicada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná
(Adapar) adota a calendarização do plantio e colheita da soja para
evitar prejuízos com a ferrugem asiática, que está se tornando
resistente à aplicação de fungicidas. O novo calendário, que entra em
vigor no ano agrícola de 2016/2017, prevê um só período de semeadura,
entre 16 de setembro e 31 de dezembro, e colheita ou interrupção do
ciclo da cultura da soja até 15 de maio. Para a Adapar, é necessário
ampliar o vazio sanitário, período em que não se planta a soja para
proteger o grão. O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil,
atrás apenas do Mato Grosso do Sul. Na safra 2014/2015 foram colhidas 17
milhões de toneladas no estado, gerando lucros de R$ 15 bilhões de
reais. O diretor de Defesa Agropecuária da Adapar, Adriano Riesemberg,
explica que é durante a safrinha que a planta fica mais suscetível à
ferrugem, que é causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, e é também
quando os produtores mais aplicam fungicidas. Antes de adotar a medida,
a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento promoveu uma
série de debates com os produtores rurais e entidades como a Federação
da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e a Organização das
Cooperativas do Paraná (Ocepar). A Adapar ficará responsável pela
fiscalização das propriedades. Os agricultores que descumprirem a
portaria ficam sujeitos às sanções administrativas previstas na Lei
Estadual de Defesa Sanitária Vegetal, que vão desde a autuação até o
acionamento das promotorias de Justiça.
BERIMBAU..
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