A pesquisa foi mostrada
em um encontro que reúne 300 cientistas de várias partes do mundo, no
Recife. Em um laboratório da Fiocruz, 200 mosquitos do gênero culex,
conhecidos por pernilongo ou muriçoca, foram infectados com o vírus da
zika. Os cientistas queriam investigar como ele age no organismo dessa
espécie. Sete dias depois da contaminação, os pernilongos estavam com
alta concentração do vírus. “A gente viu que existe uma facilidade na
infecção e uma facilidade da disseminação do vírus para a glândula
salivar mostrando que o vírus conseguiu escapar de algumas barreiras do
mosquito”, diz a bióloga da Fundação Oswaldo Cruz, Constância Ayres. Os
resultados ainda são parciais. Os pesquisadores não podem afirmar se o
pernilongo é capaz, ou não de transmitir o vírus da zika. O que eles
sabem é que é preciso avançar nos estudos e a próxima etapa é checar se
os mosquitos comuns, encontrados na área onde o vírus circula estão
contaminados. O pernilongo está na natureza numa quantidade 20 vezes
maior que o Aedes aegypti. Além de verificar se a contaminação acontece
no ambiente natural, os cientistas querem saber também se os mosquitos
infectados conseguem transmitir o vírus para seres humanos. A conclusão
da pesquisa ainda vai demorar entre 6 e 8 meses.
BERIMBAU.
BERIMBAU.
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