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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

DOM MANOEL BISPO DA DIOCESE DE CORNÉLIO PROCÓPIO ESCREVE CARTA AO LEIGOS..


Há cinqüenta anos, quando se celebrou o Concílio Vaticano II, os leigos e as leigas contavam muito pouco na Igreja. Para ilustrar este fato, Padre José Oscar Beozzo, lembra que na primeira sessão do Concílio, participou um único leigo, o filósofo Jean Guiton, porque era amigo do Papa João XXIII. Mesmo assim foi colocado entre os observadores não católicos, porque não tinha sido previsto um lugar para ele. No entanto, durante o Concílio houve uma grande mudança. Nas sessões seguintes o número foi crescendo. Na última sessão eram trinta e nove leigos e treze leigas. Em plenário eram auditores, mas nas comissões eram locutores com atuações freqüentes e pertinentes. Incidiram de modo especial na redação do Decreto Apostolicam Actuositatem sobre os leigos e na Constituição Gaudium et Spes sobre a Igreja no mundo. Foi assim que, durante o Concílio, como lembra o Papa João Paulo II, nasceu uma maravilhosa “teoria” sobre o laicato. Os leigos e as leigas deixaram de ser fiéis de pertença menor, ou mero braço da hierarquia no mundo, e passaram a ocupar o lugar que lhes pertencia, o de sujeitos eclesiais, com pleno direito de exercer o sacerdócio, a profecia e o pastoreio.
A teoria, no entanto, até certo ponto, permanece teoria. Por isso, o Papa Francisco, em sua Exortação Evangelii Gaudium alerta que em alguns lugares ainda perdura um excessivo clericalismo que mantém leigos e leigas à margem das decisões, permitindo apenas que participem de alguns ministérios dentro da Igreja sem um compromisso maior com a aplicação do Evangelho na transformação da sociedade (102). O Papa lembra também que as leigas, apesar de sua indispensável contribuição na ação evangelizadora da Igreja, nem sempre têm o destaque que merecem. Na opinião do Papa “é preciso ampliar os espaços para uma presença feminina mais incisiva na Igreja”.
Com esta motivação os Bispos do Brasil, nas três últimas assembléias da CNBB, têm refletido sobre a vocação e missão dos leigos e das leigas na Igreja e na sociedade. No texto de estudo, que talvez na próxima assembléia se torne um documento, ou seja, um texto normativo, os bispos apresentam alguns indicativos de ações pastorais para que os leigos e as leigas passem a ser de fato sujeitos eclesiais e não consumidores passivos dos bens oferecidos pela hierarquia ou simples colaboradores do clero.
1) Conscientizar os cristãos leigos e leigas quanto a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, incentivando-os a assumir seu compromisso batismal no dia a dia, como testemunhas do Evangelho nas realidades do mundo.
2) Convocar os cristãos leigos e leigas, como membros efetivos da Igreja, a participar consciente, ativa e frutuosamente dos processos de planejamento, decisão e execução da vida eclesial e da ação pastoral por meio de assembléias paroquiais, diocesanas, regionais e nacionais, e dos conselhos pastorais, econômico-administrativos, missionários e outros.
3) Efetivar um processo de participação dos vários sujeitos eclesiais, especialmente dos cristãos leigos e leigas no âmbito nacional, contribuindo para a consciência e o testemunho de comunhão como Igreja.
4) Abrir espaços de participação onde a presença feminina, com sua sensibilidade, cuidado, intuição e outras capacidades peculiares, enriqueça a comunidade eclesial nos seus processos decisórios.
5) Incentivar e acompanhar a presença e a ação dos cristãos leigos e leigas na participação social: grito dos excluídos, conselhos paritários de direitos e de políticas públicas, sindicatos, processos políticos e outros.
6) Aprofundar a questão dos ministérios leigos, estimulando a criação de novos. É importante lembrar que os ministérios e serviços não podem desconectar os cristãos leigos da realidade e dos desafios da sociedade nem clericalizá-los. O serviço da caridade, em suas diversas dimensões, no âmbito da Igreja e da sociedade, comporta ministérios e serviços que levam as pessoas à experiência da Igreja missionária e samaritana.
Postas em prática estas indicações, com certeza, dentro de pouco tempo, a face de nossa Igreja será bem diferente. Queira Deus que assim seja!
Aos nossos leigos e leigas que, apesar de todos os compromissos familiares e profissionais, ainda dedicam muito de seu tempo, como sujeitos eclesiais, no anúncio do Evangelho e na implantação do Reino, a minha gratidão, o meu abraço, juntamente com minhas preces e bênção.
Dom Manoel João Francisco
Bispo da Diocese de Cornélio Procópio

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