A comunidade de
Congonhinhas mais uma vez se reúne na semana santa, tempo propício de conversão
e mudança de vida para participar da SANTA MISSA.
Na ceia de Quinta-Feira Santa, Jesus
antecipou a entrega de sua vida, livremente e por amor. Nessa ceia, com os seus
apóstolos, Jesus tornou presente, sacramentalmente, nos sinais do pão e do
vinho, sua oferta ao Pai pela salvação de todos nós. “Isto é o meu corpo, que
será entregue por vós”. “Este é o meu sangue da nova aliança, que será
derramado por vós, para a remissão dos pecados.” A morte de Jesus na cruz é o
sinal do seu amor extremo para conosco.
Jesus
instituiu a Eucaristia que é a atualização do seu sacrifício, memorial de sua
morte e ressurreição. “Todas às vezes, de fato, que comerdes deste pão e
beberdes deste cálice, estareis proclamando a morte do Senhor, até que ele
venha” (I Cor 11,26). É também a renovação da Ceia do Senhor na qual ele nos dá
o seu Corpo e o seu Sangue como alimento de vida eterna.
A
Eucaristia é também sacramento da presença real do Cristo ressuscitado entre
nós, para ser visitado, adorado e glorificado por nós e ser levado aos enfermos
e idosos impossibilitados de participar da celebração eucarística.
“Dom e
mistério é o sacramento do altar, dom e mistério é também o sacerdócio, tendo
surgido os dois, a Eucaristia e o sacerdócio, do Coração de Cristo durante a
Última Ceia” (João Paulo II)
O gesto de
Jesus de lavar os pés dos discípulos durante a Última Ceia narrado por São
João, define toda a vida de Jesus: doação de toda a sua existência para a
libertação do homem do pecado e do mal. Lavar os pés de alguém era, na
antiguidade, uma tarefa própria de escravos. Jesus faz-se escravo e lava os pés
dos seus discípulos. A cena do Lava-pés, ao lado da cruz, expressa o cume da
doação de si mesmo que Jesus faz à humanidade na Eucaristia. Ao substituir a
narração da Eucaristia pelo lava-pés, São João mostra-nos que a Eucaristia ao
nos unir a Cristo, deve levar-nos também a solidariedade com os nossos irmãos.
Comungar o Cristo é comungar com o irmão. A cena do lava-pés que vamos
rememorar não pode reduzir-se a uma representação sentimental do
gesto de Jesus, mas deve expressar o nosso propósito de traduzir esse gesto de
Jesus em atos de amor e de serviço aos nossos irmãos na nossa vida cotidiana.
É
impossível separar a Eucaristia do amor fraterno. A entrega total de Cristo na
Última Ceia pede de todo discípulo seu que se coloque a serviço do irmão mais
necessitado. “Se eu, Senhor e mestre, vos lavei os pés, também vós deveis
lavar os pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa
que eu fiz” (Jo 13, 13-15). Lavar os pés uns dos outros significa fazer o bem
aos outros, particularmente, aos mais necessitados. O Senhor Jesus nos convida
a aprender dele a humildade e a coragem de retribuir sempre com a bondade e o
perdão os que nos ofendem. Jesus manso e humilde de coração, fazei nosso coração
semelhante ao vosso.
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