Outro dia comentamos que o
deputado federal André Vargas era um moleque ordinário e promíscuo em
suas relações "político-comerciais".
Na matéria abaixo, uma simples idéia de como isso era (ou vai ver que ainda é!) operado:
Brunno Covello / Gazeta do Povo
Na matéria abaixo, uma simples idéia de como isso era (ou vai ver que ainda é!) operado:
Brunno Covello / Gazeta do Povo
André Vargas: promessa de “atuar” para que doleiro pudesse “captar”
Doleiro prometeu “independência financeira” a André Vargas
As mensagens trocadas entre os dois foram interceptadas pela Polícia Federal (PF). Além disso, investigação apontam que o patrimônio do parlamentar cresceu 50 vezes desde que entrou na vida pública
Mensagens
de texto interceptadas pela Polícia Federal dentro das investigações em
torno da Operação Lava Jato devem complicar ainda mais a situação do
deputado federal André Vargas (PT). Em conversas com o petista, o
doleiro Alberto Youssef, preso em Curitiba, fala que está trabalhando
para fazer a “independência financeira” dos dois. Em outro trecho, ele
afirma que está “no limite” e precisa “captar”. “Vou atuar”, responde
Vargas. Novas revelações apontam ainda que o patrimônio do parlamentar
cresceu 50 vezes desde que ele entrou na vida pública.
A ligação entre Vargas e Youssef, de quem o petista diz ser amigo há duas décadas, começou a ser exposta no início da semana com a divulgação de que o petista viajou de férias com a família para a Paraíba em um jatinho arranjado pelo doleiro. Os dois também trataram de interesses da empresa química Labogen, ligada a Youssef, que teria sido usada para fazer remessas de US$ 37 milhões ao exterior, de acordo com a PF.
Nas conversas, eles fazem menção a contatos com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. Por meio de “contatos políticos” como o de Vargas, segundo depoimento à Polícia Federal de um dos sócios da empresa, o doleiro conseguiu financiamento de R$ 31 milhões da pasta – o acordo foi cancelado na última quinta-feira. Para isso, a Lagoben teria se associado à EMS, laboratório com o maior faturamento no país, de R$ 5,8 bilhões em 2012. A suspeita da PF é que a Labogen, cuja folha de pagamento é de apenas R$ 28 mil, foi usada apenas para pagar propina a servidores públicos, por causa da diferença de porte entre as empresas.
“Estamos mais fortes agora. Vi documento com o Pedro [Argese, sócio da Lagoben]. Ele estava no voo de volta de Brasília. Ele estava com o documento da parceria com a SEM”, escreveu Vargas para Youssef, em setembro do ano passado via celular. “Cara, estou trabalhando. Fique tranquilo. Acredite em mim. Você vai ver quanto isso vai valer. Tua independência financeira e nossa também, é claro!”, foi a resposta. Na sequência, o doleiro diz que está “enforcado” e precisa da ajuda do petista “para captar”. Vargas garante que “vai atuar”.
Patrimônio
Além das relações suspeitas de Vargas com Youssef, reportagem publicada ontem pelo jornal O Globo mostra que, apenas nos dez anos que separam a primeira eleição, como vereador de Londrina, em 2000, para a última disputa para a Câmara, em 2010, o patrimônio do parlamentar cresceu 50 vezes. Até entrar na política, ele tinha um Monza 1993, avaliado em R$ 9 mil, e a sociedade em três pequenas empresas, cujas cotas somavam R$ 2,1 mil.
A partir de 2006, no entanto, o petista comprou um terreno de 121 mil metros quadrados em Ibiporã por R$ 100 mil, além de outra casa e um lote em Londrina por R$ 21,5 mil. Os tempos de Monza foram esquecidos e o deputado chegou às eleições de 2010 como proprietário de três caminhonetes: Toyota Hilux, GM Tracker e Hyundai Vera Cruz. Na mesma época, tornou-se dono de duas empresas, com capital social de R$ 23,5 mil. De acordo com sua declaração, Vargas guardava R$ 56,2 mil na Caixa. O patrimônio total declarado na eleição passada foi de R$ 572 mil. Em nota, Vargas afirmou que a evolução patrimonial dele “é totalmente compatível com minha renda ao longo desses dez anos”.
A ligação entre Vargas e Youssef, de quem o petista diz ser amigo há duas décadas, começou a ser exposta no início da semana com a divulgação de que o petista viajou de férias com a família para a Paraíba em um jatinho arranjado pelo doleiro. Os dois também trataram de interesses da empresa química Labogen, ligada a Youssef, que teria sido usada para fazer remessas de US$ 37 milhões ao exterior, de acordo com a PF.
Nas conversas, eles fazem menção a contatos com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha. Por meio de “contatos políticos” como o de Vargas, segundo depoimento à Polícia Federal de um dos sócios da empresa, o doleiro conseguiu financiamento de R$ 31 milhões da pasta – o acordo foi cancelado na última quinta-feira. Para isso, a Lagoben teria se associado à EMS, laboratório com o maior faturamento no país, de R$ 5,8 bilhões em 2012. A suspeita da PF é que a Labogen, cuja folha de pagamento é de apenas R$ 28 mil, foi usada apenas para pagar propina a servidores públicos, por causa da diferença de porte entre as empresas.
“Estamos mais fortes agora. Vi documento com o Pedro [Argese, sócio da Lagoben]. Ele estava no voo de volta de Brasília. Ele estava com o documento da parceria com a SEM”, escreveu Vargas para Youssef, em setembro do ano passado via celular. “Cara, estou trabalhando. Fique tranquilo. Acredite em mim. Você vai ver quanto isso vai valer. Tua independência financeira e nossa também, é claro!”, foi a resposta. Na sequência, o doleiro diz que está “enforcado” e precisa da ajuda do petista “para captar”. Vargas garante que “vai atuar”.
Patrimônio
Além das relações suspeitas de Vargas com Youssef, reportagem publicada ontem pelo jornal O Globo mostra que, apenas nos dez anos que separam a primeira eleição, como vereador de Londrina, em 2000, para a última disputa para a Câmara, em 2010, o patrimônio do parlamentar cresceu 50 vezes. Até entrar na política, ele tinha um Monza 1993, avaliado em R$ 9 mil, e a sociedade em três pequenas empresas, cujas cotas somavam R$ 2,1 mil.
A partir de 2006, no entanto, o petista comprou um terreno de 121 mil metros quadrados em Ibiporã por R$ 100 mil, além de outra casa e um lote em Londrina por R$ 21,5 mil. Os tempos de Monza foram esquecidos e o deputado chegou às eleições de 2010 como proprietário de três caminhonetes: Toyota Hilux, GM Tracker e Hyundai Vera Cruz. Na mesma época, tornou-se dono de duas empresas, com capital social de R$ 23,5 mil. De acordo com sua declaração, Vargas guardava R$ 56,2 mil na Caixa. O patrimônio total declarado na eleição passada foi de R$ 572 mil. Em nota, Vargas afirmou que a evolução patrimonial dele “é totalmente compatível com minha renda ao longo desses dez anos”.
Um comentário:
A degradação moral que atingiu todos os níveis da política brasileira, é motivo de tristeza PARA TODOS, pois não perdem só esses que se degradaram (seu sucesso é ilusório e temporário), mas perde principalmente a Nação, que regride absurdamente no tempo, e se sacrificará (ainda mais) para conseguir alcançar (se conseguir) a posição que outrora ocupava. De nada adiantam supostas conquistas da população, como acesso à univerdade e alguma melhoria em algum índice, se isso ocorreu À CUSTA DA MAIS DESLAVADA CORRPUÇÃO. Essa teoria do "ROUBA MAS FAZ" que foi tão combatida pelo PT, hoje praticamente é uma bandeira DEFENDIDA pelo mesmo!
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